Colaboradores têm dez vezes mais chances de procurar um novo emprego caso se sintam subaproveitados, aponta estudo do LinkedIn 

Mais um ano chegando ao fim e com ele é natural que as pessoas já comecem a pensar nos seus objetivos para o próximo. O lado profissional é uma das questões que pode estar na lista de novas metas de alguns brasileiros, seja para mudar de emprego, cargo ou se qualificar. Segundo um estudo realizado pela Global Hopes and Fears 2023, da PwC, apontou que 25% dos brasileiros afirmaram planejar trocar de emprego nos próximos 12 meses, a falta de oportunidade de crescimento é um dos principais fatores para essa mudança. 

Para os profissionais de RH, essas mudanças podem ser desafiadoras porque exigem soluções rápidas, levando em consideração os impactos de tempo e dinheiro. Na busca por ocupar cargos disponíveis, especialistas defendem que promover funcionários antigos e experientes é uma boa opção. Além de ser mais barato, qualificar alguém da casa do que fazer uma nova contratação, como apontam 79% dos profissionais de aprendizagem e desenvolvimento entrevistados para uma pesquisa do LinkedIn, a ação pode impactar diretamente na motivação dos colaboradores. “Qualificar um profissional pensando em promovê-lo de cargo futuramente traz menor custo e otimização de tempo, já que eles estão habituados com a rotina da empresa e já conhecem a cultura e os valores institucionais. Por isso, é importante investir no desenvolvimento dos colaboradores para que eles estejam preparados quando surgirem oportunidades”, explica Marinildes Queiroz, gerente sênior de Cultura, Desenvolvimento Organizacional e Comunicação da Up Brasil, empresa especializada em benefícios corporativos. 

O colaborador, por sua vez, se sente valorizado e motivado a continuar galgando seus espaços. Ainda conforme a pesquisa do LinkedIn, as pessoas têm dez vezes mais chances de procurar um novo emprego se sentirem que suas competências não estão sendo aproveitadas. 

Para a especialista, desenvolver um programa interno de capacitação profissional envolve priorizar áreas e competências futuras, dar visibilidade das possibilidades e movimentações de carreira na organização, criar uma cultura de feedbacks e realizar acompanhamento de desenvolvimento e evolução. “Oferecer cursos de capacitação de acordo com as funções atuais ou de interesses pessoais dos colaboradores, treinamentos sobre os processos internos, ajuda financeira para ingressar em graduações ou aprender novas línguas, benefícios de incentivos e premiações, entre outras ações, também são importantes nesse processo de qualificação”, comenta a gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil. 

A oportunidade de crescimento dos colaboradores está entre os principais impulsionadores de uma boa cultura corporativa. Nos últimos anos, os trabalhadores passaram a buscar empresas que se preocupam com a evolução da carreira profissional de seus funcionários. Segundo uma pesquisa da Up Brasil, 94% dos candidatos a empregos avaliam o que é oferecido pela contratante além do salário, e os incentivos ligados ao crescimento profissional estão entre eles. “Capacitar um profissional hoje, é um investimento de médio e longo prazo. Além de motivá-los, as empresas estão garantindo mão de obra qualificada, atualizada com as tendências de mercado e com mais recursos para enfrentar os desafios futuros, o que coloca a empresa a um passo à frente dos seus concorrentes”, conclui Marinildes.

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