Além de salas de amamentação, empresas também estendem o benefício para até seis meses, bem como outras ações de acolhimento

A volta ao trabalho após a licença-maternidade é frequentemente marcada por um emaranhado de emoções: culpa por se afastar do bebê, medo de como será recebida no ambiente profissional e incertezas sobre o desenvolvimento de sua carreira. Pensando em criar um ambiente mais acolhedor para suas colaboradoras no retorno à licença maternidade, a Danone Brasil lança o Programa de Madrinhas “De Mãe para Mãe”.
Desenvolvido pelo Grupo de Afinidade de Gênero “D’elas” em conjunto com a equipe de Diversidade, Equidade & Inclusão da companhia, o programa reflete o compromisso da Danone com suas colaboradoras (Danoners). Os encontros, realizados de maneira presencial ou on-line, visando maior flexibilidade, são repletos de conversas enriquecedoras, promovendo trocas de experiência entre mulheres que já são mães e aquelas que estão retornando ao trabalho após a licença maternidade. Esses momentos oferecem apoio durante essa fase de transição e oportunidades de desenvolvimento contínuo, ajudando as mães a se reintegrarem de maneira mais confiante, leve e potente nessa fase tão importante de suas vidas.
O programa “De Mãe para Mãe”, criado em formato piloto no último semestre de 2024, passa a ser mais um benefício da já estabelecida Jornada Parental da Danone no Brasil, que inclui outras iniciativas que visam oferecer um ambiente de trabalho mais flexível para seus colaboradores e colaboradoras que são pais e mães, desde a descoberta da gestação ou dos primeiros passos na jornada da adoção até o retorno da licença parental, incluindo membros pais e mães da comunidade LGBTQIAP+. Neste ano, a iniciativa contou com 10 duplas, sendo 10 mães que retornaram de licença-maternidade e 10 madrinhas voluntárias. “Como companhia, faz parte dos nossos valores exercer humanismo e proximidade entre Danoners, garantindo acolhimento e respeitando a individualidade e o momento de vida de cada pessoa. Estudos apontam que apenas uma mulher a cada cinco sentem que podem falar publicamente sobre as dificuldades da maternidade. O ‘De Mãe para Mãe’ chega para fortalecer ainda mais este processo com a empatia e apoio das mulheres que já passaram por este período, enquanto as que estão retornando continuam se desenvolvendo durante esse momento tão especial”, comenta Letícia Araújo, líder de Diversidade e Inclusão da Danone Brasil, que também retornou de licença maternidade esse ano e é participante do programa.
Para Carolina Restori, representante de Visitas Médicas da Danone Brasil, o “De Mãe para Mãe” está sendo essencial na volta ao trabalho após o período de licença. “Este é um programa que conquistou o coração de muitas pessoas dentro da Danone e acredito que todas as empresas deveriam abraçar essa cultura. Faz uma diferença enorme para nós, mulheres, especialmente para mães de primeira viagem como eu. Antes, meu foco estava completamente no trabalho, mas com a chegada de um filho, percebemos o quanto nosso tempo era dedicado exclusivamente à carreira e como é desafiador equilibrar isso. Minha madrinha no programa tem sido uma verdadeira parceira nesse processo. Com o apoio dela, estou aprendendo a reorganizar meus horários e a encontrar um novo equilíbrio. Esse acolhimento tão humano e empático, é o que nos ajuda a transformar o desafio em algo que vai nos levar além”.
Jornada Parental Danone
A Jornada Parental Danone é um conjunto de iniciativas que oferece suporte e cuidados inclusivos a todas as etapas da parentalidade, desde a descoberta da gestação ou adoção até o retorno ao trabalho. Entre os benefícios estão:
- Licença-maternidade de seis meses, válida também para responsáveis legais em casos de adoção, incluindo pessoas da comunidade LGBTQIA+.
- Licença-paternidade de 20 dias.
- Direito em levar crianças de até 1 ano e 11 meses em viagens corporativas, além de um acompanhante durante o período de amamentação.
- Lactário compartilhado com outras empresas do mesmo prédio que seu escritório da Av. Paulista, em São Paulo, e nas fábricas de Poços de Caldas.
- Kit da Jornada Parental: Após a 30ª semana, os Pais e Mães recebem um kit da Jornada Parental para apoiar o(a) bebê.
- Flexibilidade nos benefícios para que as famílias possam escolher o que melhor atende suas necessidades, com foco em Saúde, Alimentação, Mobilidade e Educação.
Além disso, a Danone oferece suporte multiprofissional com encontros mensais para pais e mães, organizados pelas equipes de RH, Saúde e Diversidade, reafirmando seu compromisso de um ambiente de trabalho mais inclusivo e humano, como expresso no slogan do programa: “Maternidade é potência e aqui na Danone, nós valorizamos isso!”.
Grupo Mabu alia saúde mental, inovação e valorização da maternidade para construir um RH exemplar
Durante o Mês das Mães, o Grupo reafirma seu compromisso com o bem-estar das colaboradoras, promovendo iniciativas alinhadas ao valor “Família”, um dos fundamentos que sustentam sua cultura organizacional. Mais do que uma celebração simbólica, a empresa consolida políticas que reconhecem e apoiam as diferentes etapas da jornada da mulher, especialmente durante a maternidade, fortalecendo um ambiente corporativo pautado no acolhimento, na empatia e no respeito.
Esse cuidado com as pessoas integra uma estratégia institucional que tem se destacado no cenário nacional. No final de 2024, o Grupo Mabu conquistou, pelo segundo ano consecutivo, a recertificação no programa Great Place to Work (GPTW), com pontuação de 8,4. O reconhecimento reafirma a consistência e a credibilidade das práticas de gestão de pessoas implementadas. A conquista foi ainda mais expressiva ao posicionar a empresa pela primeira vez no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Paraná, alcançando a 37ª colocação estadual.
Complementando esse reconhecimento, no início de 2025, o Grupo Mabu recebeu o selo de Boas Práticas em Saúde Mental, concedido pela Great People – Mental Health. A certificação baseia-se em tecnologias de neurociência e inteligência artificial que analisam a linguagem natural utilizada pelos colaboradores em pesquisas internas, permitindo o mapeamento de mais de 100 dimensões emocionais. Os dados obtidos contribuem para o aprimoramento de indicadores como engajamento, risco de burnout e bem-estar geral. “Esses dados nos ajudam a aprimorar a experiência dos nossos colaboradores, criando um ambiente onde as pessoas se sentem ouvidas, cuidadas e motivadas”, afirma Karla Amaral, diretora de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) do Grupo Mabu.
Valorização da maternidade como prática de gestão
No que se refere à maternidade, um dos programas mais representativos da estratégia de cuidado com as pessoas é o Mabu Família, desenvolvido para acompanhar e apoiar mães e pais em diferentes momentos da vida familiar e profissional.
O acolhimento se inicia com o Kit Maternidade, entregue à colaboradora ou colaborador assim que apresentado o atestado de licença-maternidade e a certidão de nascimento. O gesto simboliza o reconhecimento da importância desse novo ciclo na vida do colaborador.
A iniciativa “Férias com o Bebê” oferece uma extensão do tempo de convivência entre mãe e filho(a), reforçando o cuidado nos primeiros meses e a promoção de vínculos afetivos com mais tranquilidade e presença.
A segurança profissional também é ampliada com o programa Mamãe Segura, que concede um mês adicional de estabilidade à gestante além do previsto na CLT — garantindo respaldo econômico e emocional durante esse período sensível.
O olhar também se volta aos pais: a Licença Paternidade Plus amplia de 5 para 10 dias o período de licença, totalmente subsidiado pela empresa e sem impacto na remuneração, permitindo maior conexão do pai com o recém-nascido.
À medida que as crianças crescem, o suporte do Grupo Mabu continua. As mães podem optar pelo auxílio-creche e, para filhos com diagnóstico dentro do espectro autista, a empresa oferece condições especiais por meio do reconhecimento como Empresa Amiga do Autista — com 70% da coparticipação no plano de saúde custeada pela organização, além de um vale-alimentação mensal no valor de R$ 250,00.
Cada uma dessas ações não apenas fortalecem a cultura organizacional, como também promovem um ambiente de trabalho que respeita os ciclos da vida pessoal e reconhece a importância do apoio às famílias como parte da jornada profissional. “Todas essas ações mostram que não se trata apenas de cumprir a lei, mas de consolidar uma cultura organizacional que valoriza genuinamente as pessoas. O Grupo Mabu entende a maternidade como uma etapa de grande impacto e acredita no potencial transformador das mulheres dentro e fora do ambiente corporativo”, reforça Karla.
As práticas adotadas reforçam a visão de que cuidar das colaboradoras e de suas famílias contribui diretamente para um ambiente de trabalho mais saudável, comprometido e alinhado aos valores da empresa. Ao celebrar o Mês das Mães, o Grupo Mabu reafirma seu compromisso com relações de trabalho pautadas no respeito, na valorização das pessoas e na solidez dos vínculos construídos ao longo da jornada profissional. “O futuro do trabalho exige equilíbrio entre inovação, dados e sensibilidade na gestão de pessoas. No Grupo Mabu, seguimos evoluindo com consistência, fortalecendo nossas práticas e reafirmando o cuidado com quem faz parte da nossa história”, conclui Karla.
Na Havan, maternidade e carreira caminham juntas
A Havan, uma das maiores redes de varejo do Brasil, oferece licença-maternidade de seis meses para as colaboradoras desde que aderiu ao Programa Empresa Cidadã, há mais de uma década. O benefício, aliado a um ambiente que estimula o crescimento profissional, tem sido importante para muitas mulheres que conciliam a maternidade com o trabalho.
Ana Maria Leal da Veiga é uma delas. Hoje gerente de Marketing da rede, ela entrou na empresa como analista de mídia, na equipe responsável pelas redes sociais do empresário Luciano Hang. Menos de um ano depois, descobriu que estava grávida. “Fiquei feliz com a gravidez, mas preocupada. Não sabia como isso seria recebido dentro da empresa, se haveria espaço para continuar crescendo”, lembra.
Durante os seis meses de licença, Ana manteve contato com a equipe e acompanhou de longe os projetos. Ao retornar, foi promovida. “Foi um voto de confiança enorme. Mostrou que a empresa acreditava em mim, mesmo em um momento em que muitas mulheres são colocadas de lado no mercado de trabalho”, diz.
Sete anos depois, ela lidera projetos estratégicos e atua diretamente com a diretoria da Havan. “Aqui, ser mãe nunca foi um impeditivo. Pelo contrário, aprendi a ser mais assertiva e a lidar com diferentes desafios”, completa.
Para Luciano Hang, dono da Havan, oferecer estrutura para que as mães tenham tempo com os filhos e possam se desenvolver profissionalmente é uma decisão que beneficia toda a empresa. “Nós acreditamos no potencial das pessoas. Quando alguém faz a diferença, não é a maternidade ou qualquer outro fator que vai limitar esse crescimento”, afirma.
Além da licença-maternidade estendida, a Havan também oferece 20 dias de licença-paternidade e realiza ações especiais de valorização das mães ao longo do ano. Em maio, por exemplo, todas as 181 lojas da rede, o Centro Administrativo, em Brusque (SC), e o Centro de Distribuição, em Barra Velha (SC), e postos de combustíveis, realizam homenagens em alusão ao Dia das Mães, com entrega de brindes e momentos de confraternização.
O que a Solar Coca-Cola tem feito para encarreiramento de colaboradoras que são mães
Com o compromisso de promover a diversidade e oferecer condições equitativas de desenvolvimento profissional, a empresa tem direcionado esforços específicos ao apoio de colaboradoras que são mães. A proposta é garantir que a maternidade não represente uma barreira para o crescimento na carreira, integrando políticas estruturadas de acolhimento e suporte. Entre as ações implementadas, destaca-se o programa Mamães Solares, que acompanha as profissionais desde o pré-natal até o retorno ao trabalho, proporcionando um processo de transição mais seguro e humanizado. Além das colaboradoras, as dependentes dos nossos colaboradores, que também estão nesse importante momento de vida, também podem aderir ao Programa como benefício oferecido pela Solar.
A empresa também disponibiliza auxílio-creche, licença-maternidade e paternidade estendidas, além de manter 17 salas de amamentação em suas unidades, oferecendo infraestrutura adequada ao cuidado materno. “Iniciativas como as salas de amamentação têm o objetivo de garantir um ambiente reservado para as mães, além de incentivar a continuidade do aleitamento materno, especialmente no período de retorno ao trabalho, que é estratégico para a trajetória profissional das mulheres”, destaca Poliana Barros, gerente de Compliance da Solar Coca-Cola, que recentemente voltou de sua segunda licença-maternidade.
Colaboradora da Solar há nove anos e mãe de duas crianças, Poliana vivenciou um marco importante em sua trajetória profissional ao retornar da primeira licença-maternidade: foi promovida a um cargo de liderança — uma mudança que, segundo ela, representou reconhecimento e incentivo por parte da empresa. “Em um momento quando estamos rodeadas de incerteza, acabei tendo a grata surpresa de ter recebido essa promoção, o que foi um grande acolhimento por parte da empresa, impulsionando minha carreira e me dando possibilidade de inspirar outras mulheres no ambiente de trabalho”, destaca.
O caso de Poliana não é raro na Solar. A trajetória da profissional reflete uma prática já consolidada na empresa: o incentivo ao desenvolvimento profissional de colaboradoras que são mães, a partir de uma estrutura de apoio contínuo durante e após a maternidade. Com o Mamães Solares, a Solar reforça, ainda, benefícios como acompanhamento mensal, ou sempre que necessário, incluindo vantagens como dicas nutricionais, telemedicina e programa de auxílio à saúde emocional. Com o programa, a fabricante presta assistência desde o começo da gestação até a primeira infância dos filhos.
Além do suporte dado durante a gravidez, a Solar também garante o cuidado estendendo a licença-maternidade de 120 para 180 dias. Os pais também são beneficiados, com a ampliação da licença-paternidade para até 20 dias, entendendo que a presença paterna nas primeiras semanas de vida do filho pode impactar positivamente na saúde do bebê. Esse benefício também fortalece a atuação ativa dos pais na rotina de cuidado com os filhos, promovendo uma divisão mais equilibrada das responsabilidades parentais. Ao reduzir a sobrecarga geralmente assumida pelas mães, a iniciativa contribui diretamente para que as mulheres tenham mais condições de seguir com seu desenvolvimento profissional, um fator relevante para o avanço da equidade de gênero no ambiente corporativo.
Resultados na inclusão e diversidade
Partindo de uma estruturação que traz a presença de mulheres líderes dentro do próprio setor de Recursos Humanos, a diretora de RH, Emiliana Albanaz, se orgulha de ocupar o cargo e ser inspiração para outras mulheres na companhia. “Na área de Inclusão e Diversidade, trabalhamos o projeto de equidade de gênero “Eu incluo mulheres”, reforçando o compromisso de ouvir e respeitar todas as vozes femininas. Nossa empresa está comprometida em construir uma cultura na qual as mulheres se sintam capacitadas para alcançar seu potencial. Há apoio, letramento interno sobre igualdade de gênero e políticas afirmativas, bem como criação de vagas específicas”, explica.
Os impactos das ações voltadas ao público feminino na Solar Coca-Cola se refletem em avanços nos indicadores de diversidade e liderança. Em 2024, a empresa integrou 78 novas mulheres em posições de liderança. Entre os profissionais contratados externamente para cargos de gestão, 43% foram mulheres. No mesmo período, mais de 40 colaboradoras ocupavam funções de liderança ou gerência, e 627 mulheres foram promovidas internamente. Como resultado, o número total de mulheres na companhia cresceu 20%, superando a marca de 5 mil colaboradoras. Ao fim de 2024, elas representavam 25,8% do quadro funcional — um aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior. “Essa é nossa melhor performance dos últimos três anos. Para alcançar esse resultado, incentivamos as colaboradoras a participarem de processos de seleção e de promoção, criando uma rede na qual elas se sintam acolhidas, pois aqui na Solar as mulheres podem estar onde quiserem”, destaca Emiliana.
A força tarefa para inclusão impacta também programas de empregabilidade, como o Plano Verão, iniciativa de contratação de vagas temporárias em 16 Estados diferentes do país, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2024, mais de 50% das vagas foram preenchidas por mulheres. Em 2023, 100 mulheres foram efetivadas após o Plano e, no ano passado, esse número subiu 80%, com 180 efetivações femininas, trazendo mais diversidade nas áreas de logística e comercial, batendo a meta anual.
Com essas conquistas difundidas nas cinco regionais da empresa, o objetivo é continuar vencendo desafios e promovendo equidade de gênero nos próximos anos, mantendo o desenvolvimento da carreira de colaboradoras, sejam elas mães ou não. “Entendemos que existe um longo caminho a percorrer, mas já podemos registrar avanços que vêm tornando o nosso ambiente cada vez mais diverso, pois faz parte do DNA da nossa empresa valorizar a inclusão. Para 2025, queremos tornar a Solar ainda mais inclusiva e diversa. Esse é um propósito que vivemos na prática e estamos dispostos a lutar por ele”, finaliza a diretora de RH.
Ações de apoio na Siemens Healthineers e Astellas
Quando Beatriz Colenci descobriu que estava grávida de sua primeira filha, Laura, em 2021, já ocupava uma posição de liderança na Varian, empresa da Siemens Healthineers. Pouco antes da gravidez, havia sido promovida a gerente de produto, consolidando uma trajetória ascendente desde sua entrada na companhia. No final da gestação, saiu de férias e iniciou sua licença-maternidade, sem imaginar que, durante esse período, receberia uma proposta de promoção que reafirmaria o compromisso da empresa com o crescimento profissional das mulheres. “Ainda durante a licença, soube que a companhia gostaria que eu assumisse a posição de líder de marketing da operação Brasil. Tive tempo para refletir sobre a oportunidade e, mesmo com um frio na barriga, aceitei o desafio ao retornar”, relembra Beatriz. “Foi muito importante perceber que a minha gravidez não foi um impedimento para continuar crescendo profissionalmente em um ambiente seguro”, afirma ela.
O suporte da empresa foi fundamental para que Beatriz conseguisse equilibrar a maternidade e a carreira, adaptando sua rotina e encontrando formas de conciliar ambos os papéis. Dois anos depois, em 2023, Beatriz deu mais um passo na sua trajetória e assumiu o cargo de líder de Marketing da América Latina. Já com a carreira consolidada, passou a considerar a possibilidade de aumentar a família. A notícia da chegada de João, em 2024, foi recebida com entusiasmo pelo time e pelos líderes.
Beatriz entrou em licença-maternidade na última semana (18/02), confiante na capacidade de sua equipe em manter o nível de entrega durante sua ausência. Além do trabalho na área de marketing, ela lidera o WINS, grupo de afinidade de mulheres da Siemens Healthineers. Nos encontros, reforça que a maternidade não deve ser vista como um obstáculo para a progressão da carreira e incentiva a participação dos homens no projeto “Eles por Elas”, promovendo um espaço de conscientização e diálogo sobre equidade de gênero no ambiente corporativo.
A experiência da maternidade trouxe um olhar mais sensível e empático para sua atuação profissional. “Passei a enxergar com mais sensibilidade os desafios que as mulheres, especialmente as mães, enfrentam no mercado de trabalho. Isso me motiva a buscar um ambiente cada vez mais inclusivo e equilibrado para todas.”
Esse olhar acolhedor fez a diferença na trajetória de Milena Sereno, que integra a equipe liderada por Beatriz. Milena ingressou na Siemens Healthineers em uma transição de carreira para a área de marketing. Apenas quatro meses após sua chegada, recebeu uma recomendação médica importante: se quisesse engravidar, aquele seria o momento ideal, pois seus óvulos estavam congelados.
O procedimento foi um sucesso e Milena engravidou de gêmeos. A notícia foi recebida com entusiasmo e acolhimento por sua equipe e liderança, reforçando um ambiente de apoio dentro da companhia. A jornada, no entanto, trouxe desafios inesperados.
Em um parto de 38 semanas, Milena enfrentou uma complicação, e um de seus bebês nasceu com paralisia cerebral, precisando ficar 40 dias na UTI. Foi quando entrou em vigor a PL 2840/2022, que determina que a licença-maternidade comece a contar apenas após a alta hospitalar do recém-nascido. Beatriz garantiu que a nova legislação fosse aplicada junto ao RH da empresa, assegurando que Milena pudesse usufruir do direito sem preocupações. “Hoje, meu filho ainda carrega algumas sequelas e precisa de acompanhamento profissional constante. Ter a opção de trabalhar de casa facilita muito a minha rotina. Consigo priorizar minha maternidade sem renunciar às minhas entregas profissionais. Além disso, posso alinhar minhas necessidades específicas do dia a dia com a liderança, com menos culpa, sentimento que sempre acompanha as mães”, afirma Milena.
Na Astellas, Adrielly Machado encontrou um ambiente igualmente acolhedor ao iniciar sua jornada na empresa. Durante o processo seletivo, ela já planejava engravidar e estava se preparando para fazer fertilização in vitro (FIV), o que a gerava insegurança quanto à transição de carreira. Decidiu ser transparente e compartilhou seu plano com a empresa. “A resposta que eu tive foi: ‘Filho é uma bênção, não mude seus planos’. Isso me deu segurança para aceitar a proposta”, relembra.
Para sua surpresa, na segunda semana na empresa, ela engravidou espontaneamente. Quando foi compartilhar a notícia, o gestor que a havia contratado já não estava na empresa, então conversou diretamente com o presidente na época. “Eu estava bem nervosa e com medos, mas ele foi maravilhoso e muito acolhedor. Disse que ser mãe me tornaria uma profissional ainda melhor e que estava muito feliz por mim”, conta.
Após seis meses de licença-maternidade, Adrielly retornou ao trabalho. Quatro meses depois, recebeu outra surpresa: estava grávida novamente. Desta vez, a conversa foi com sua gestora. “Eu estava insegura em dar a notícia, por inseguranças próprias. Mas a comuniquei no meio de um congresso e ela foi incrível. Me abraçou e celebrou muito comigo”, lembra emocionada.
Durante ambas as gestações e retornos ao trabalho, Adrielly sentiu o cuidado e o apoio da empresa. “Nunca me senti ameaçada ou insegura. A Astellas sempre foi muito cuidadosa em todos os processos”, afirma.
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