No De Grão em Pão, jovens da periferia aprendem confeitaria e panificação unidas às suas habilidades
A Fundação Bunge promove com o projeto De Grão em Pão uma formação profissional de jovens das periferias de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife em panificação e confeitaria, mas também agrega aos futuros profissionais orientações sobre as power skills (competências para a empregabilidade) de cada um. O termo é uma evolução das soft skills (competências comportamentais) já que, além do socioemocional, inclui as competências técnicas essenciais para todas as áreas de trabalho.
O objetivo da Fundação Bunge é preparar estes jovens para o mercado de trabalho antenados com as exigências atuais, que vão além da parte técnica e prática. Elas incluem ainda aspectos como bom relacionamento, organização e até mesmo autoconhecimento. Pesquisas recentes mostram que possuir essas competências pode ser um diferencial: pelo menos 35% das empresas pagariam 20% a mais para ter um profissional assim.
Em parceria com a Fundação Wadhwani (WF), o De Grão em Pão leva aos participantes uma formação socioemocional e técnica transversal, deixando o profissional ainda mais pronto para o mercado de trabalho. Isso acontece por meio de conteúdo extremamente prático e dinâmico, presente em uma plataforma própria, aliado a aulas ao vivo com profissionais da Fundação Bunge e certificados pela Wadhwani.
O programa de empregabilidade da Fundação Wadhwani faz parte de sua iniciativa global Wadhwani Skilling, que busca capacitar jovens de várias partes do mundo a conseguir empregos que propiciem uma carreira de alto valor. Por meio dele, os jovens podem treinar sua oratória, a forma como se apresentam, melhorar habilidades de autoconhecimento, gestão de tempo e até mesmo aprimorar as habilidades em softwares importantes como Word, Excel e PowerPoint. Ao todo, são trabalhadas mais de 100 habilidades, reunidas em 14 macro-competências, todas com direito a certificação.
Graças à união da De Grão em Pão e da Fundação Wadhwani, o aluno encontra treinamento em habilidades básicas e profissionais aplicáveis a todos os setores e em competências setoriais e profissionais para funções e setores mais específicos. Além de entender os conceitos, eles podem usar as plataformas de aprendizagem de forma experiencial, aprendendo por meio de simulações de situações profissionais da vida real.
As lições usam a metodologia de ensino mais recente, com conteúdo centrado no empregador e suporte contínuo ao aluno. Além disso, todo o progresso é contabilizado por meio de avaliações e feedbacks instantâneos, alguns deles gerados por inteligência artificial a partir da resposta recebida.
Esta é a segunda turma capacitada pela parceria das duas organizações e o bom resultado já tem sido percebido por estudantes e empresas contratantes, fortalecendo ainda mais a relação entre aprendizado técnico e comportamental.
O projeto
O De Grão em Pão tem objetivo duplo: formar mão de obra qualificada para atuar no setor de panificação, um gargalo da área, e oferecer oportunidade de formação e emprego para jovens, que estão em uma das faixas etárias mais desempregadas do Brasil. Segundo dados do primeiro trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, o nível de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil foi de 16,8%, mais do que o dobro da média nacional, que ficou em 7,9%. Em números absolutos, são 2,5 milhões de jovens de 18 a 24 anos desocupados no País.
O projeto tem duração de 10 meses e etapas de seleção; preparação socioemocional; qualificação profissional; contato com o mercado de panificação e confeitaria; formatura; encaminhamento para o mercado de trabalho; e acompanhamento de carreira profissional com mentoria da Fundação Bunge.
São parceiros do De Grão em Pão: Academia Bunge, o Senai, a Fundação Wadhwani, a Harald Chocolates, o Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sampapão), o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco, a Associação dos Industriais de Panificação de Pernambuco, o Sindicato das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Baixada Fluminense (Simapan), o Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) e o Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília (SIAB).