Tecnologias sustentáveis aprimoram equipamentos de proteção individual e revolucionam a segurança do trabalho
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que aproximadamente 2,78 milhões de trabalhadores morrem a cada ano devido a acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Isso evidencia a necessidade de medidas e equipamentos de segurança eficazes, específicos para cada tipo de atividade e usuário.
Desde suas origens rudimentares até os avanços tecnológicos atuais, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) passaram por uma grande evolução. “Hoje, os EPIs vão além da proteção básica, incorporando materiais avançados como fibras resistentes a chamas e nanotecnologia”, explica Thiago Avelino, técnico em Segurança do Trabalho e CEO da SafetyTec, empresa que promove eficiência operacional das empresas por meio de soluções tecnológicas.
Novos horizontes e possibilidades
Os EPIs mais avançados incluem tecnologia vestível e conectividade, com sensores integrados que monitoram condições ambientais e a saúde dos usuários em tempo real, proporcionando um nível de vigilância e gestão de riscos antes inimaginável. Capacetes inteligentes equipados com sensores, por exemplo, podem detectar quedas ou exposições a níveis perigosos de gases, enviando alertas imediatos aos supervisores.
Além disso, a incorporação de tecnologias de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) tem revolucionado o treinamento em segurança. Simulações imersivas permitem que os trabalhadores pratiquem procedimentos de segurança em ambientes virtuais controlados. “Isso aumenta a preparação para situações reais no local de trabalho, resultando em uma força de trabalho mais engajada no treinamento e confiante para realizar suas tarefas”, comenta Avelino.
A questão da ergonomia também se tornou uma prioridade na concepção dos novos EPIs. Equipamentos ergonomicamente projetados não apenas protegem melhor os trabalhadores, mas também incentivam o uso consistente. A personalização dos EPIs, com tamanhos específicos e ajustes individuais, garante uma moldagem perfeita para diferentes atividades e tipos de pessoas. “Aliada à tecnologia, a personalização promove um conforto adaptado às necessidades específicas de cada trabalhador, o que é fundamental para a adesão”, explica o especialista.
Sustentabilidade é outra área de grande avanço nos EPIs. Materiais recicláveis e designs de baixo impacto ambiental estão sendo cada vez mais utilizados na indústria, refletindo um compromisso crescente com práticas de fabricação responsáveis, o que beneficia tanto os trabalhadores quanto o meio ambiente.
Para Avelino, estamos vivendo uma era de transformação dos EPIs, na qual a tecnologia e a inovação estão salvando vidas e tornando os locais de trabalho mais seguros e sustentáveis. “A evolução contínua desses equipamentos é crucial para proteger os profissionais, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro, dinâmico e sustentável”, assegura o CEO.
Impacto na reputação corporativa
Na opinião de Thiago Avelino, empresas que investem em EPIs de qualidade demonstram um compromisso claro com a segurança e o bem-estar de seus funcionários. Isso não só reduz o risco de acidentes, mas também projeta uma imagem de responsabilidade e cuidado com os trabalhadores. “Quando os funcionários percebem que sua segurança é uma prioridade, isso gera um ambiente de confiança e respeito. Essa valorização se traduz em maior satisfação no trabalho, menor rotatividade e aumento na produtividade, beneficiando a empresa a longo prazo”, revela.
Segundo um levantamento realizado pelo instituto americano National Safety Council (NSC), empresas com ambientes de trabalho seguros têm uma redução de até 40% na rotatividade de funcionários. O mesmo estudo aponta que a produtividade pode aumentar até 30% em ambientes que priorizam a segurança.
O especialista acredita que a percepção pública de uma empresa está cada vez mais ligada às suas práticas de segurança. “Falhas na proteção dos funcionários podem resultar em danos significativos à reputação de uma empresa, enquanto o uso rigoroso e visível de EPIs pode ser um diferencial competitivo. Companhias que adotam práticas exemplares de segurança são vistas como líderes de responsabilidade social, o que atrai clientes, investidores e talentos”, pontua.
Para Avelino, promover o uso de EPIs é também uma forma de educar o mercado sobre a importância da segurança no trabalho. “Campanhas de conscientização e treinamentos regulares ajudam a criar uma cultura de segurança robusta, em que todos entendem a importância dos EPIs e estão comprometidos com sua utilização. Essa cultura se espalha para além das paredes da empresa, influenciando parceiros e fornecedores”, afirma.
Inovação e tecnologia
O CEO da SafetyTec aponta que o avanço tecnológico está revolucionando a forma como os EPIs são integrados nas operações diárias. “Tecnologias como monitoramento em tempo real e sistemas de gestão de segurança permitem que as empresas mantenham um controle mais rigoroso e eficaz sobre o uso de EPIs. Esse movimento aprimora a segurança e demonstra compromisso com a inovação e a melhoria contínua”, declara.
Os EPIs são mais do que uma exigência legal, são uma manifestação do compromisso de uma empresa com a segurança e o bem-estar de seus funcionários. “Ao investir em equipamentos de proteção individual de qualidade e promover uma cultura de segurança, as empresas não apenas protegem seus trabalhadores, mas também constroem uma reputação sólida, atraindo uma gama mais ampla de oportunidades de mercado”, pondera.
EPIs precisam ser classificados para garantir a segurança dos trabalhadores
Para assegurar que os EPIs sejam adequados para o uso, é necessário classificá-los de acordo com o tipo de proteção oferecida. Existem sistemas de categorização reconhecidos que padronizam essa classificação. Eles variam conforme o tipo de EPI e a região geográfica, mas compartilham princípios semelhantes.
Os EPIs podem ser classificados por tipo de proteção, como para a cabeça, olhos, face, audição, sistema respiratório, tronco, membros superiores e inferiores. Além disso, também são categorizados pelo nível de proteção, envolvendo critérios como resistência a impactos, penetração, abrasão e produtos químicos.
Thiago Avelino aponta que os critérios são rigorosos pelo bem dos trabalhadores. Afinal, não há espaço para incertezas quando o assunto é a eficácia de itens básicos para a segurança. “Capacetes passam por testes de impacto para assegurar que protejam contra quedas de objetos pesados. Luvas são submetidas a testes de penetração para verificar se são resistentes a perfurações por materiais afiados. Máscaras respiratórias precisam passar por testes de vedação para garantir que não haja vazamentos e que realmente protejam contra partículas perigosas no ar”, exemplifica.
Para ser certificado, um EPI deve estar em conformidade com as regras específicas de sua categoria e uso. Elas variam entre regiões, incluindo regulamentações da União Europeia (CE), normas ANSI nos Estados Unidos e as normas brasileiras da ABNT. Após a etapa inicial, as autoridades reguladoras realizam verificações aleatórias para checar se os equipamentos disponíveis no mercado estão dentro dos padrões.
Segurança compartilhada
Após aprovados, os produtos precisam continuar atendendo aos requisitos, uma responsabilidade que cabe ao fabricante. “A certificação é um compromisso contínuo e que deve ser sempre renovado. As empresas precisam atestar que seus produtos permaneçam seguros durante toda a sua vida útil. Os trabalhadores confiam nos EPIs para a sua proteção”, afirma o especialista. Avelino recomenda a utilização da plataforma ConsultaCA.com para a busca de orientações técnicas acerca de quais EPIs escolher com segurança.
Compreender os processos de classificação dos equipamentos é fundamental para garantir ambientes de trabalho seguros. Empresas e trabalhadores devem estar cientes das normas e regulamentações específicas ao selecionar e utilizar EPIs. “A segurança no trabalho é uma responsabilidade compartilhada. Escolher os equipamentos certos é apenas uma parte, porém muito importante, do compromisso de promover a saúde ocupacional”, pondera.
Benefícios da tecnologia na gestão de EPIs
A tecnologia tem se tornado uma grande aliada na gestão de EPIs, desde a automatização de processos até a melhoria na conformidade com as normas regulamentadoras. Soluções como a Calculadora do BuscaEPI exemplificam como as ferramentas digitais podem transformar a administração dos equipamentos.
Ferramentas digitais auxiliam na organização, distribuição e monitoramento dos EPIs, garantindo que os trabalhadores estejam sempre protegidos e que os recursos sejam utilizados da melhor forma possível e sem desperdícios.
Por outro lado, a má gestão desses equipamentos pode gerar gastos extras e comprometer a segurança no ambiente de trabalho. Com a adoção de tecnologias, como softwares especializados, é possível reduzir os custos. Essas soluções permitem uma visão detalhada dos gastos, facilitando a tomada de decisões.
Os recursos disponíveis hoje vão muito além do que era feito poucos anos atrás, por meio de planilhas eletrônicas ou mesmo no papel. Agora, é possível consultar o estoque de forma rápida para evitar a compra excessiva de equipamentos desnecessários ou sua falta em momentos importantes. Outras funcionalidades são a verificação das validades e melhores formas de uso do equipamento e a padronização dos EPIs.
Esse tipo de software calcula os custos associados à entrega dos itens e identifica áreas de economia em potencial, permitindo um controle maior sobre estoques e reposições. “Ao automatizar processos, as empresas conseguem dedicar mais tempo e recursos para outras áreas importantes, sem comprometer a segurança. Além disso, estar dentro das exigências legais fica muito mais fácil, evitando multas e penalidades que qualquer empresa deseja evitar”, pontua o especialista.
A importância da inovação na segurança do trabalho
A tecnologia vem promovendo grandes avanços na evolução da segurança do trabalho. E isso se reflete em muitos aspectos que vão além da economia e segurança. A moral e satisfação da equipe também sobem, já que os colaboradores se sentem mais cuidados e menos ansiosos em situações de maior periculosidade ou insalubridade.
Este é um exemplo de como todos os aspectos da gestão estão interligados, o que pode tornar o trabalho mais complexo. Por isso, a tecnologia desempenha uma função importante, delegando tarefas de grande relevância a um rígido cronograma automatizado.
Empresas que adotam ferramentas digitais estão um passo à frente na gestão de segurança e eficiência operacional. Investir em tecnologia é um diferencial competitivo e uma garantia de proteção para todos os colaboradores, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo. “A adoção de tecnologias na gestão de EPIs é um investimento no futuro e na proteção dos trabalhadores, trazendo benefícios que vão além da simples redução de custos”, finaliza Thiago Avelino, CEO da SafetyTec.