Estudo realizado pela Deloitte aponta quais são as habilidades e competências necessárias para as organizações atingirem seus objetivos
As pesquisas feitas por institutos de pesquisa e por consultorias ajudam a nortear o trabalho e as estratégias de gestão de pessoas. A Deloitte acabou de lançar uma pesquisa que trata da questão de como as habilidades devem nortear as políticas de gestão de pessoas.
Luis Barosa, sócio da área de Capital Humano da Deloitte, comentou que o inventário de habilidades que a organização tem pressupõe conhecer profundamente a sua força de trabalho, não só pelos currículos dos profissionais, que na verdade são fotografias com olhar para o passado, mas aquilo que de fato as pessoas conseguem em termos de capacidade de entregar, talvez no seu nível mais granular, e com a perspectiva daquilo que é necessário, não só hoje como no futuro.
Sobre a discussão que hoje permeia as organizações sobre soft skills, hard skills e competências, Barosa destacou que as empresas precisam ter uma visão mais ampla, entendendo toda a gama de capacidades disponíveis na organização que vão servir para missões específicas.
O sócio da consultoria trouxe um recorte específico da pesquisa sobre a visão dos executivos e dos trabalhadores sobre a execução das tarefas. “A principal conclusão disso é que nem executivos nem os trabalhadores que estão executando atividade do dia a dia enxergam o trabalho tradicional, ou seja, aquilo que está descrito na sua descrição de cargo como aquilo é de fato, o que as pessoas estão realizando. As descrições de cargo não representam mais o que de fato as pessoas fazem”, questionou.
Segundo Barosa, quando se fala em equipes ágeis, de um trabalho mais fluído ou de um trabalho amplo, o que as pessoas fazem muda o tempo todo, muitas vezes é difuso, muitas vezes ele é um híbrido daquilo que é feito no dia a dia, com coisas novas. “A principal conclusão é que o trabalho tradicional não representa mais aquilo que, de fato, as pessoas fazem dentro da organização, tornando difícil fazer a gestão dos talentos. Para desenvolver as estratégias de pessoas para contratar as melhores pessoas do mercado, é preciso entender que muitas vezes a habilidade que você precisa não vai transitar na sua folha de pagamento. Ela vem de um terceiro, vem de um crowdsourcing, vem de uma visão mais ampla da força de trabalho”, analisou.
A pesquisa da Deloitte pode ser baixada no site. O estudo está em inglês.
Veja a entrevista de Luis Barosa no vídeo abaixo.