Valéria Pimenta, especialista da Thomas Brasil, explica como vínculos emocionais positivos
entre líderes e liderados fortalecem os resultados das empresas

Em um ambiente corporativo marcado por mudanças constantes, pressão por resultados e o aumento dos índices de esgotamento mental, o modelo tradicional de liderança – baseado exclusivamente em comando e controle — é coisa do passado. Hoje, as empresas que mais se destacam são aquelas que adotam o formato de Liderança Ressonante, abordagem que valoriza a criação de vínculos positivos entre líderes e suas equipes, sustentados pela empatia, escuta ativa e inteligência emocional. “Já presenciei equipes que, ao serem lideradas por alguém emocionalmente conectado, passaram a colaborar mais, assumir riscos com maior segurança e buscar resultados de forma engajada”, afirma Valéria Pimenta, especialista em Análise Comportamental e diretora de Negócios da Thomas Brasil. Segundo ela, a construção de um ambiente de confiança e empatia impacta diretamente a motivação e a performance dos times.

O conceito de Liderança Ressonante foi impulsionado pelos estudos do psicólogo Daniel Goleman, referência mundial em inteligência emocional. Segundo ele, líderes que dominam essa competência são capazes de promover estados emocionais positivos nas equipes, elevando o desempenho e a qualidade das relações de trabalho. Dados da Harvard Business Review mostram que líderes com alta inteligência emocional formam equipes até 20% mais produtivas e com menores índices de rotatividade, o que reafirma esse conceito que está se tornando uma tendência no mundo corporativo.

Para Valéria, a inteligência emocional é o alicerce de relações profissionais mais humanas e eficazes. “Quando o líder desenvolve a consciência de suas próprias emoções e percebe genuinamente o que se passa com o outro, consegue agir com empatia e respeito. Pequenos gestos, como demonstrar interesse pelo outro olhando nos olhos, ouvir atentamente e oferecer feedbacks construtivos, fazem toda a diferença, mesmo sob pressão”, explica.

Ela destaca ainda que esse tipo de liderança surge de uma competência que pode ser facilmente desenvolvida. “O primeiro passo é o autoconhecimento, que pode ser impulsionado por ferramentas de Assessment e pela prática diária da escuta de qualidade, feedback e criação de espaços seguros de diálogo. Migrar de um estilo técnico para um mais conectado emocionalmente é um ato de coragem e cuidado com as pessoas, além de ser um caminho de profundo crescimento pessoal”, reforça.

A falta de empatia, por outro lado, gera impactos graves. Ambientes liderados por gestores emocionalmente desconectados tendem a apresentar queda no engajamento, aumento do turnover e, o mais preocupante, deterioração da saúde mental dos colaboradores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos adultos em idade produtiva vivem com algum transtorno mental, o que pode afetar diretamente a produtividade e o bem-estar no trabalho.

Diante desse cenário, a Liderança Ressonante não é apenas uma tendência, mas sim uma necessidade urgente para as organizações. Com base em sua expertise de mais de duas décadas na área, Valéria reforça: “As empresas que ainda não priorizaram esse tema estão perdendo uma oportunidade valiosa de fortalecer suas lideranças, promover pertencimento e construir uma cultura de confiança e resultados sustentáveis”.

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