Diretora-geral da Alura para Empresas destaca que a IA e a aprendizagem ágil devem estar entre as prioridades das organizações para o próximo ano

As novas tecnologias não param de surgir. E com elas, chegam também mudanças que impactam as empresas — inclusive na forma como treinam seus times e desenvolvem novas habilidades. Diante desse cenário, a integração entre a inovação tecnológica e a educação corporativa promete ser um dos maiores focos das organizações em 2025.

Para Tavane Gurdos, diretora-geral da Alura Para Empresas, as ferramentas digitais estão se consolidando como um motor de criação de soluções educacionais mais dinâmicas e personalizadas. “Recursos como a inteligência artificial (IA) ajudam a otimizar o desenvolvimento das equipes, proporcionando treinamentos mais ágeis, flexíveis e alinhados às necessidades individuais e do mercado”, afirma.

Com o objetivo de apoiar as empresas a aprimorar suas ações de capacitação, Tavane listou cinco tendências de educação corporativa em tecnologia para o próximo ano.

  1. Educação baseada em competências e alinhada à estratégia de negócios da empresa

Uma vez definida a estratégia da empresa, o próximo passo é estabelecer o plano para conquistá-la. Um fator importante é entender quais competências serão necessárias para que a estratégia da empresa se torne uma realidade. A partir dessa análise, o RH pode estabelecer seu plano de desenvolvimento de competências, focar no perfil do colaborador e estabelecer as necessidades específicas de treinamento. Ao invés de seguir cronogramas rígidos, esse modelo permite um desenvolvimento personalizado e alinhado às funções que o profissional desempenha. “Essa abordagem prepara os profissionais para os desafios que enfrentarão em suas carreiras, garantindo que adquiram as competências necessárias para atuar com sucesso em suas áreas específicas”, afirma Tavane.

  1. Adoção ampliada da IA

Estudo recente da McKinsey & Company revela que 72% das empresas estão utilizando IA em 2024, um salto significativo em relação aos 55% registrados no ano anterior. Isso demonstra a crescente conscientização das lideranças sobre os impactos positivos da inteligência artificial no desenvolvimento das equipes, o que deve se intensificar em 2025. “Há uma expectativa de que os times usem a IA para melhorar seu dia a dia, criarem soluções mais personalizadas e eficientes, além de serviços e produtos mais inovadores”. A executiva reforça que, para isso, é importante a capacitação dos times para que realmente possam usar o melhor das novas tecnologias. Além disso, dentro do contexto de educação, a IA possibilita uma experiência cada vez mais customizada para os alunos. “Ela desempenha um papel essencial na análise de dados e na expansão da acessibilidade, tornando os treinamentos mais eficazes e estratégicos”, destaca Tavane.

  1. Agilidade na aprendizagem

Sabemos que cada pessoa aprende de uma maneira diferente e a abordagem mais customizada e completa é importante. “Quando falamos de agilidade na aprendizagem, também estamos falando de utilizar diferentes formatos e metodologias”, considera Tavane. A diretora menciona a combinação de modelos síncrono, assíncrono, online, presencial, além de experiências imersivas. E para isso, trazer o contexto do negócio também é importante no desenvolvimento das competências. “Utilizar o que chamamos de aprendizagem baseada em projetos, por exemplo, traz um dinamismo e engajamento maior ao processo”, afirma.

  1. Cibersegurança e Digital Trust

Quando olhamos para tecnologia, com o aumento das ameaças cibernéticas, a cibersegurança será uma prioridade ainda maior em 2025. Empresas precisam garantir que seus dados e sistemas estejam protegidos, não apenas para evitar perdas financeiras, mas também para preservar a confiança dos clientes e parceiros.

A executiva ressalta que a IA e outras tecnologias emergentes, reforçam ainda mais questões sobre segurança da informação. “As iniciativas de capacitação precisam ser focadas não apenas em como proteger dados, mas em como garantir que as informações sejam mantidas seguras e que as operações não sejam afetadas”, isso é um trabalho de toda a empresa, não apenas da área de tecnologia, explica. 

  1. Hiperautomação

Os avanços potencializados pelas plataformas de no-code, low-code e IA também são essenciais na esfera da hiperautomação. Esse conceito envolve a automação de processos complexos, utilizando sistemas escaláveis que ajudam a reduzir custos operacionais. “Cada vez mais diversas áreas dentro das organizações querem entender como podem melhorar seus processos usando tecnologia.  Há uma oportunidade clara para as empresas desenvolverem suas equipes nessas competências e ganharem muita eficiência e produtividade”, explica.

À medida que avançamos para 2025, as tendências tecnológicas estarão no centro da transformação das empresas. “A integração da IA, o processo de aprendizagem ágil, a adoção de modelos baseados em competências e o foco na cibersegurança e na hiperautomação não apenas irão moldar o foco estratégico da educação corporativa, mas também ajudarão as organizações a se prepararem para o futuro, com equipes mais ágeis, bem treinadas e mais competitivas”, conclui Tavane.

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