A demissão silenciosa é uma tendência que acontece quando os funcionários estão sobrecarregados e decidem fazer somente o mínimo para permanecer no trabalho. Esses membros da equipe podem estar em processo de procura de emprego ou podem não ter a intenção de sair, mas não têm mais motivação para superar as expectativas da empresa. De acordo com um estudo realizado em 120 países pela Wellbeing for Planet Earth Foundation e pela Gallup, mais de 80% dos trabalhadores do mundo gostam do seu trabalho, porém quase 80% se demitem discretamente. Segundo Rodrigo Fagundes, especialista em Transformação Pessoal e Desenvolvimento de Pontos Fortes da Ynner, isso acontece porque o trabalho não deixa as pessoas infelizes, mas o local de trabalho sim.
Para o relatório mais recente sobre o estado do local de trabalho global da Gallup, foi perguntado aos funcionários: o que você mudaria em seu local de trabalho para torná-lo melhor? Alguns queriam salários melhores. Outros, pausas mais longas. Mas as respostas mais comuns diziam respeito ao seu gestor direto ou liderança, como: “Eu mudaria o chefe” (Brasil); “Gostaria que os gestores fossem mais acessíveis” (Reino Unido); “Gostaria que houvesse um bom ambiente de trabalho onde todos tratássemos uns aos outros com igualdade e respeito” (México); “O chefe deve tratar todos com justiça” (África do Sul); e “Seria bom poder expressar suas opiniões sem medo de repercussões no trabalho” (Espanha).
Fagundes explica que, em geral, a maioria das pessoas gosta do trabalho que realiza, mas gostaria de mudar a forma como o seu gestor a trata. “A verdade é: a demissão silenciosa não é uma solução de longo prazo para os funcionários. É uma medida provisória para que sobrevivam num local de trabalho que acreditam ser pouco provável que mude. Também não é uma solução para os empregadores. Os empregadores precisam que os funcionários vão além para criar experiências excepcionais para os clientes, gerar novas ideias e resolver os problemas mais urgentes da sua organização”, finaliza.