Pesquisa sobre bem-estar mostrou mais de qualidade de vida e produtividade como ganhos do home office, usado até hoje por 18% dos funcionários das áreas corporativas/administrativas
Depois de investir em adaptações para garantir um bom funcionamento do trabalho remoto, a Irani, uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, conta hoje com um quadro de 420 colaboradores desempenhando suas funções de forma remota. O modelo, estabelecido temporariamente em 2020 em decorrência da pandemia de Covid-19, foi formalizado em 2021 e, hoje, é sustentado por números positivos nos resultados da empresa e pela satisfação dos funcionários que o usufruem do modelo, vivido até hoje por 18% dos colaboradores.
Atualmente, a Irani possui três categorias de trabalho: o 100% Presencial, usado pelos funcionários da Indústria; o Remoto Integral, que é quando o colaborador tem contrato 100% home office, comparecendo eventualmente na empresa (sem descaracterizar o modelo); e o Híbrido, quando o colaborador atua, formal e contratualmente, em trabalho remoto e presencial com flexibilidade de dias para alternar entre os modelos. Eventuais momentos de encontro no escritório são importantes para que, mesmo à distância, os colaboradores não percam o contato com a cultura da empresa.
Além de ganhos financeiros para a companhia, o home office se mostrou um grande aliado dos próprios colaboradores, com benefícios como produtividade (com 106 recordes só em 2022), satisfação no trabalho (86%, segundo pesquisa GPTW 2022), qualidade de vida e bem-estar (sempre acima de 90% de satisfação nas pesquisas internas). A possibilidade de conciliar trabalho e vida pessoal também foi citada nos levantamentos, isso porque com a diminuição do tempo de deslocamento, conseguem aumentar os momentos de lazer com a família.
Alex Gabrieli, coordenador de Contabilidade, destaca o cuidado da companhia diante dos funcionários durante o processo de adaptação e implementação do remoto. “Tudo o que a Irani fez mostrou ao time que eles não estavam sozinhos. A empresa ouviu e envolveu as pessoas e se dedicou a fazer o melhor para ajudá-las, e o retorno delas veio com a mesma intensidade”, afirma.
O trabalho a distância também permitiu que, pela primeira vez, a Irani pudesse contratar um colaborador fora dos locais onde possui unidade. Breno Vidal, analista de Riscos e Controles Internos, mora no sertão de Pernambuco e buscou no mercado uma empresa que lhe desse a oportunidade de trabalhar remotamente. “Eu estava voltando ao Brasil e queria equilibrar trabalho e vida pessoal. A vaga na Irani é totalmente remota, o que me possibilita, futuramente, retornar à Europa para concluir minha certificação ACCA sem precisar deixar o trabalho”, diz ele.
Ao longo do período de implementação do modelo remoto, a Irani investiu mais de R$ 4,3 milhões em diversas frentes para garantir o melhor resultado possível. Treinamentos de ergonomia e segurança, distribuição de equipamentos, novos benefícios (como ajuda de custo para cobrir despesas de luz), capacitações de lideranças, campanhas de orientação e criação de manual específico para o formato foram algumas das iniciativas feitas pela empresa. “O remoto agregou flexibilidade aos nossos processos, abriu novas possibilidades e ainda contribui para as nossas metas de ESG. O aumento da qualidade de vida dos nossos colaboradores reflete diretamente nos resultados da empresa, então só temos benefícios com esse modelo de trabalho”, afirma Fabiano Alves de Oliveira, diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani.