Possibilidade da conciliação entre vida pessoal e profissional é um dos principais pontos ressaltados
Enquanto o mundo corporativo ainda busca alcançar a equidade de gênero, especialmente em cargos de liderança, o retorno ao trabalho presencial após a licença maternidade permanece como um desafio para muitas mulheres. No entanto, o modelo remoto surge como uma alternativa que permite conciliar as responsabilidades profissionais com o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dos filhos.
Segundo pesquisa realizada pela Alelo, em 2021, 75% das pessoas se consideram satisfeitas com o trabalho remoto. “Para as mães, o processo de retorno à rotina corporativa é um desafio e se torna muito maior quando isso inclui idas ao escritório. É necessário organização e planejamento para encontrar cuidados infantis de confiança e conciliar a logística para que os horários sejam compatíveis, por exemplo, além de lidar com o estresse associado a essa transição”, destaca Genicassia Brito, psicóloga e analista de Pessoas e Cultura da VCRP, agência líder em estratégias plurais de comunicação. “O trabalho remoto permite que as mães possam dedicar tempo à família sem comprometer suas responsabilidades profissionais, contribuindo para uma maior harmonia entre a vida pessoal e a carreira”, atesta.
A especialista ressalta a importância da criação de políticas e medidas específicas no ambiente corporativo para apoiar as mães nesse processo de retorno ao ambiente presencial. Isso inclui oferecer horários flexíveis que permitam às mães ajustar sua agenda de acordo com as necessidades familiares, disponibilizar salas de lactação e outros recursos para apoiar a amamentação no local de trabalho, e fornecer programas de reintegração que ajudem as mães a se readaptarem e avançarem em suas carreiras. Além disso, as empresas podem oferecer benefícios como subsídios para cuidados infantis ou parcerias com creches locais para facilitar o acesso a serviços de qualidade. A psicóloga comenta que “essas medidas não apenas contribuem para a retenção de talentos, mas também promovem um ambiente de profissional inclusivo onde as mães se sintam seguras e apoiadas para discutir abertamente suas necessidades, desafios e apoiam o bem-estar delas e de suas famílias”.
Na prática, empresas como a VCRP têm adotado o trabalho remoto como parte integrante de sua cultura organizacional. Com uma equipe majoritariamente feminina, inclusive na liderança, a agência promoveu no último ano quatro das mães que têm na equipe, reconhecimento do desenvolvimento profissional e do bom equilíbrio entre maternidade e carreira. Além disso, a agência também oferece licença paternidade estendida de quatro meses para que os pais possam se dedicar igualmente à paternidade.
Para Ludmilla Amaral, sócia e co-CEO da VCRP, essa flexibilidade oferece uma maior harmonia entre a vida pessoal e profissional, refletindo em uma equipe mais motivada e produtiva. “Adotamos o modelo remoto e temos um escritório que pode ser utilizado como ferramenta para os colaboradores que preferem ir presencialmente, acreditamos que essa flexibilidade permite uma maior conciliação entre a vida pessoal e profissional. Trabalhamos para fornecer toda a estrutura que nossas colaboradoras necessitam”, afirma Ludmilla. “Acreditamos na equidade de gênero dentro do ambiente de trabalho e, por isso, adotamos e aplicamos firmemente nossas políticas para que todos possam participar da vida dos seus filhos e, ao mesmo tempo, garantir o seu progresso de carreira”, completa.
Monique Azeredo, executiva de atendimento da VCRP e mãe de dois filhos, Vicente (11) e Karina (5), destaca a liberdade que o home office proporciona. “Esse modelo me permite estar presente na rotina e no crescimento dos meus filhos, enquanto continuo a desenvolver minha carreira”, comenta Monique.
O trabalho remoto tem se mostrado não apenas como uma resposta às demandas do mundo contemporâneo, mas também como uma ferramenta eficaz na conciliação da maternidade e carreira, assim avançando em direção a mais ambientes corporativos inclusivos e equitativos, garantindo que as mães possam continuar participando plenamente do mercado enquanto acompanham o desenvolvimento de suas famílias. “O sonho de toda mãe é poder levar e buscar os filhos na escola, ter tempo de qualidade para fazer as refeições juntos, estudar e brincar, sem sacrificar a rotina. Vivo essa realidade e me sinto muito mais disposta e motivada para executar minhas tarefas pessoais e profissionais”, aponta Gabrielly Sousa, coordenadora de Contas da VCRP.