Estagnação profissional, salários e benefícios insuficientes são alguns motivos pelos quais as pessoas pretendem mudar de emprego este ano

Em um mercado competitivo, manter os colaboradores por muito tempo na mesma empresa é um dos principais desafios dos negócios e profissionais de RH. Com mudanças de hábitos e prioridades, os trabalhadores brasileiros passaram a buscar oportunidades que não apenas supram suas necessidades básicas, mas que possam ir além. Eles estão interessados, por exemplo, em companhias que cuidem do bem-estar, da saúde, garantam reconhecimento e boa remuneração.

De acordo com estudo realizado pela Robert Half, consultoria de recrutamento, 64% dos trabalhadores planejam trocar de empresa em 2024. Entre os motivos estão o crescimento profissional, aumento de salários, melhores benefícios e a preferência pelo modelo remoto ou híbrido. Esse índice pode ser um alerta para as empresas que não desejam perder seus funcionários. “A saída de colaboradores impacta os processos e resultados de uma empresa, além de gerar perda de tempo e custos financeiros. Hoje, achar talentos de res. É importante que os gestores olhem com atenção para seus liderados, buscando saber seus níveis de satisfação e entender como podem mantê-los engajados”, explica Wander Luiz, gerente de Desenvolvimento Organizacional da Up Brasil, multinacional de benefícios corporativos.

Pensando nas principais causas que vêm desmotivando os trabalhadores e resultando em trocas de emprego, Wander destacou algumas dicas para que as empresas consigam reter seus talentos ao longo deste ano. Confira:

Crescimento profissional

A oportunidade de crescimento está entre os principais impulsionadores de uma boa cultura corporativa. Nos últimos anos, os trabalhadores passaram a buscar empresas que se preocupam com a evolução da carreira de seus funcionários. Segundo uma pesquisa da Up Brasil, 94% dos candidatos a empregos avaliam o que é oferecido pela contratante além do salário, e o incentivo ligado ao crescimento profissional está entre eles. “Oferecer cursos de capacitação, treinamentos internos, ajuda financeira para graduações ou aprendizado de novas línguas são pontos-chave”, afirma o gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil. “Benefícios, incentivos e premiações valorizam sua gestão e evitam a rotatividade da equipe”.

Bem-estar e saúde

Depois de tantas reflexões provocadas pelos desafios dos últimos anos, as equipes de RH não podem deixar de lado o debate sobre saúde e qualidade de vida no trabalho. “O bem-estar do empregado está diretamente relacionado com o seu engajamento na função, a sua satisfação com a empresa e produtividade no ofício”, defende Wander.

Os benefícios corporativos podem ajudar as companhias a motivar seus colaboradores na adoção de um estilo de vida mais equilibrado. Então, vale incentivar a alimentação saudável e as atividades físicas, além de realizar campanhas temáticas e promover o acesso à compra de medicamentos, a convênios médicos, entre outros.

Melhores salários

A motivação, o reconhecimento e até mesmo a saúde dos colaboradores está diretamente ligada à remuneração. “Se as pessoas perceberem que os valores recebidos não são compatíveis com seu esforço e desenvolvimento, é bem provável que busquem oportunidades que pagam melhor”, comenta Wander Luiz. “Ainda mais se o salário for insuficiente para arcar com as despesas pessoais”, continua.

Nem todas as empresas possuem um fluxo de caixa robusto para aumentar o salário de todos os seus funcionários. No entanto, hoje, já existem benefícios que podem melhorar esse cenário, como o cartão de antecipação salarial. Ele é capaz de aliviar o orçamento pessoal e, além disso, diminuir o estresse financeiro.

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